29.03.08 - 18.44 / 19.26h: Noise Above - On the Road

O meu primeiro video sacado do youtube (vamos ver se sai) é esta homenagem ao brilhantismo desta gente que mostra a surrealidade do nosso fazer e pensar enquanto Humanos. Também a uma época especial, de amigas bem presentes (programinha amanhã?).
Enjoy!


Monkey Gone to Heaven - Live (many years ago...)



Ok, isto é um acrescento (o empolgamento das descobertas - e não conseguir parar!): a todas as aventuras na estrada (a última deu no que deu!) e a esta quantidade de filmes deliciosos de amor "pela estrada fora", conversas a três, perseguições e a todos os que gostam de conduzir (riscos de ontem, muitos percursos actualmente...). E às belas e boas das gajas da respiração. Boas viagens!


Drivin' on 9 (D. Leone/ S. Hickoff) - e muitos mais...

29.03.08 - 04.48 / 05.18h: ... e da Sorte!



Acordei com a persistência dos telefonemas amigáveis; um banho calmo, confortante, o almoço às três da tarde (fechou o cefé esotérico, vamos ao brasileiro), e seguir para o destino enfiado no envelope. O segurança aponta as urgências, daqui para as consultas externas, destas para a infecciologia e quando chego à imunoterapia, o banco de sangue fechava às quatro (quinze minutos depois da hora, sexta-feira - o previsto...). Uma linda alameda de acácias bastardas percorrida nos dois sentidos... para voltar para a semana.

A ana fuma na rua, enquanto espero por um café juntos no interior da livraria, a mocas pede para comprar bilhetes no CCB para pina bauch (Maio). Ao tentar estacionar apertadinho, em belém, roço as duas portas direitas no para-choques do veículo anterior. Foda-se! Faço o recado e volto; lanchamos e deixo-a na depiladora para sol no algarve, a ana torce-se de dores do clonix, acalmamos no carro enquanto esperamos e vamos às compras para o jantar os três. Peixe no forno com batatas e presunto, ervilhas e cenouras cozidas, fruta cozida em calda de laranja-canela (pelo estômago sensível). Porque não estão suficientemente assadas, tiro o tabuleiro e zás... entorno a quinta de cabriz pelo tapete, individual e parede nova. Ok, esquece e comemos a dançar aos sons da nossa vida (e filmes, e cenas e muita acção).

Seguimos os quatro para o braço de prata para ver o aladan tocar, encontramos a cláudia e o bisnau, copo cá fora e concerto experimental jazz com ruídos e barulhos compassados (compêndios de ilustradores e arte mexicana), ensaio de teatro na sala dos fundos, e de tanta chatice, levo a menina a sant'ana e chego ao bairro - estaciono directo no jardim: sítio novo e sítio velho para terminar a noite e conhecer por breves segundos o simpático e doce filipe. Agora iogurte com mel e o místico ipê-roxo.

28.03.08 - 11.36 / 11.57h: Tratar da Saúde...


Afinal tinha uma carta para o curry cabral há ano e meio e andava a adiar este tema até hoje, até a loli me "obrigar" a ir ao centro da venda nova e a dra. ribeiro me abrir o raio do envelope. Obviamente que sou isento mas nunca fui tratar disso e pago urgências que não tenham a ver com esta questão. Eu sei que sou desleixado - ou evitante positivo, como preferirem!




Na casa da carmo e da mãe existe um verdadeiro museu de quinquilharias da feira da ladra e a empregada joana fez um arroz de frango com açafrão e macedónia (com um camadão de queijo gratinado!) delicioso. O cabernet sauvignon abriu tabelas de preços astronómicas e check-lists de escolhas dos milhentos detalhes que implica uma cerimónia de casamento - trajes e etiqueta, igrejas com acessos, documentos ocos carérrimos, alianças lapidadas... Pela mousse escorremos sobre o impasse de uma relação adiada como se a protagonista não estivesse ali.



O quotidiano de empresas familiares (formação e tradução) num crescente de responsabilidades e autonomia, na exigência de revisões salariais, na "pesada" elaboração de catálogos técnicos vindos do estrangeiro - e viva o PDF! Eu resumi a minha questão a quatro horas de sono e passar duas numa sala de espera para a consulta do dia. Depois de uma folga matutina vou para a avenida de berna!


Há 5 anos... e faz hoje 3 meses que estou desempregado. Nada mal.

27.03.08 - 15.07 / 17.08h: Prokofiev na A2*


Bem, a senha na segurança social era tardia, fui ao banco fazer transferência do mal, encontrei varios locais que solidariezaram com a minha situação, vizinhos, colegas, alunos, vou e volto vendo a vez, chego e dizem-me que não é ali que peço, mas que também não foram feitos os descontos. É no centro de emprego, mas deve estar a abarrotar (pois só uma vez por semana vêm de sines), já passei ao lado das finanças e decido ir na mesma e, surpresa - está vazio: "Faz favor!" responde-me o eco. Dão-me uma capa de desempregado profissional e pedem-me para comparecer quinzenalmente na univa de odemira (mesmo sem ter nada para receber).








Almoço em família, volto à net, vou pagar o imposto único de circulação e ver o saldo, espero pelo café com a alma mas está ocupada; ver todos ocupados a circular pelo patamar da câmara enerva-me e só penso em não voltar, desaparecer... Volto à net, intercaladamente, com os cigarros e a falta de rede, transcrevo outro "texto", vai lá ter o mini (agora versão apaixonado) e enquanto preparam salsichas em lombardo, passam-me uma formação com possibilidade de estágio e colocação em apoio psicopedagógico. Jantamos os quatro, visita de vizinha com aparição no barreiro, conversa sobre quem não gostamos, manel e festa sativa com chá, café e chocolate.





Hoje, corto-me no desfazer de alguma barba, faço tempo para chegar ao palco do tribunal (no dia do teatro) e ser retirado de cena pelo procurador para novamente fazer outro pedido mais explícito. AHHHHHHHHH! Só quero sair dali, arrumo tudo, já preparado na noite anterior, embalo o quadro, despejo o lixo e entretanto querem confirmar os descontos (rápidos, menos de 24 horas!) e pedem-me o teleone da instituição. Despeço-me das gémeas que me pedem para não desistir (preciso de um advogado!) e sigo estrada; por impulso e intuição decido visitar a l.leão que me apresenta a sua moderna e espaçosa casa, o seu pires e me oferece um prato de massa de peixe. Café rápido de hora de almoço, voar até lisboa. Hoje temos a carmo e a lu ao jantar.





* Antena e auto-estrada moderata, allegra ma non tropo. Inicio este post na paragem de alcácer mas a bateria cai e termino aqui, agora, depois de limpar o pó do quarto.

26.03.08 - 01.19h: "O Futuro termina num Sono Maior*"







A actualidade deste mundo foi-me revelada na casa das gémeas, enquanto se enquadravam (em textos maiores) os poderes neurológicos no reconhecimento das emoções básicas pelas expressões faciais... Terror, ira, fome... E de palanque, as sucessivas aberrações da minha antiga chefe e a manobra política volta o tabuleiro. É bom ve-la cair do altar por ela mesma - Amanhã temos um subsídio de desemprego para ir pedir.






Até castro, ao limite da serra, estradas roxas de borragens e outras flores púrpura ondulavam pelo lavrado entre florestações de pequenos pinheiro; nos outeiros selvagens, as terras bravias de esteva salpicavam com as suas alvas papoilas o cinzento da meia tarde, rasgadas por mechas de ervas encarnadas. Adentrando na planície, as linhas amenizavam-se em prados abertos, frescos, cumeados pelos sobreiros e azinheiras, mas mantendo pequenos espaços da mesma paisagem com o acrescido amarelo da tremoçilha. Inspecção do veículo, tal como propagandeiam, é pay and go!






Chegar a odemira com os Shout Out Loud da optimus, lágrima no olho da saudade feliz, 'cause tonigh I have to leave it, cumprimentar o pessoal da escola em pausa lectiva, entrar na casa de flores murchas, abrir janelas e acender incenso, arrumar a loiça lavada de há quase um mês, sacudir o cobertor das excreções do caniço do tecto, e porque não um voluntariado em áfrica, voltar ao quotidiano do amor externo, compras e preparação do jantar... resumo de três temporadas de anatomia de grey (é a minha côr, em definitivo). O morrissey toca depois do moby "Dear god, please help me..."




* Estrofe final da música "In the future, when all's well" - Morrissey in "Ringleader of the Tormentors"/2005

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