10.12.98 - 10.30h / 12.03h: Field of Gold (hic!) V

(letme write with apencil)

Departure at 08.30 a.m.

Arrival at 15.50 p.m.






Rios de lágrimas transportam medos, angústias, dilemas

Feridas que não cicatrizam


Não nos ensinam a segurar o coração e depois ele
salta-nos pela boca. Matas ou ficas mudo.

De amar tanto, afundas-te na profunda e complicada rede
tecida desde a infância que cobre o ser do meu ser. Escondo-me
para o proteger.

Quando não queres, gritas, quando não és, choras
Quando não entendes, gracejas
E a tensão acumula-se como dinamite


E como não te consegues abrir, explodes aquilo que construíste
com emoções e pensamentos, fechas o livro, a pasta e a gaveta
e procuras-te útil
(continuas a olhar)




Há um espaço vazio.

Uma ausência que se nota pela sua dimensão. Vêem-se umas raízes pequeninas que alastram pelo resto do órgão e lhe chupam massa continuamente. Mas essas veias, estão também elas ocas; alimentam-se transformando-o em mais vazio.

Ao órgão acontece-lhe enjeitar-se, mirra e consome-se em vazio. E perante a ameaça de se perder também a si, acelera ainda mais o processo porque aquele breu que se apossou dele, foi um dia, uma luz, chama intensa que o fez brilhar, que lhe dera tudo, o que nem sequer pudera imaginar.





Amar-te-ei sempre, Jan Kjernsmo

Correntes