05.04.08 - 16.27h: Diesel Friends

Adoro folgas! E os Amigos!



Quinta e sexta foi a inocente celebração da amenidade. Cool. Café no final da tarde com trânsito, calor e compras: calções e conversa de roupa, noobai e adamastor a transbordar, salada, sumo e bolo de cenoura (e a vista de santa catarina ao final da tarde), pequeno circuito de malas e mais roupa.


Encontro para almoço antes do fim de semana, derreter ao sol entre a braamcamp e a castilho, espetadas de lulas e gambas, conversa de pais e mães trocadas pelas vontades corpóreas e as excepções dos estereótipos - relógios biológicos - bela vista de fato de banho dourado, o mar interior universal pronto para brincadeiras, join'ts to this relaxamento total.


A outra ponte que caminha sobre as águas (um regresso maior) e se infiltra na cidade, experimentar sapatos, malas, boinas e t-shirts, carregar caixotes para a bolsa, pizza e massa junto ao rio, dome, copos e música e copos e música.




Foi um imenso percurso pessoal em dois dias, ir e voltar, ir e voltar, a abrir, consumimo-nos e abastecemo-nos, rápido pois o prazer é na imediatez do tempo. Hoje um pouco desgastado, carregado... As nuvens vêm aí...

03.04.08 - 17.12h: Arcanos Maiores*

Dias no quarto, dormitando, viagens virtuais... não livros mas arcádias literário-visuais. Perder-me sempre foi um bom objectivo, dispersar-me... muito. O calor entra na corrente fresca entre o meu quarto e a sala/cozinha, bem como a luminosidade crescente para o solstício.

Fui às noites bartô ouvir a voz das ONG's; neste caso a ILGA portugal. Fui um dos únicos! Ok, pode ser falta de divulgação - reciclar abril pode ser difícil. Mas a noite estava óptima, consegui despachar as tarefas domésticas a tempo de pedir money emprestado à cunhada e Fui.



Tive os dirigentes da associação a falar para mim e a Teresa Ricou a falar dela e da sua casa. Dois livros infantis com lançamento mais mediático cá do que na espanha do autor ("De onde venho?" e "por quem me apaixonarei?" - questões épicas,) e algumas considerações sobre o direito à verdadeira indiferença e não ao incómodo que heteros sentem ao falar de homos (como aprendi: igualdade, não tolerância!). Documentação variada e relatório de actividades.

E o que falta é visibilidade, são os coming-outs mas o medo impera (até eu penso se me quero ver nas marchas, nas reportagens). Hoje continuo o percurso pelo site, pelas notícias internacionais e vou descobrindo as diferenças inter-nacionais - uma assunção no círculo íntimo é diferente da social; penso que se não nos verem, não nos sentem, não nos ouvem. Mesmo sabendo que não nos compreendem neste heterocentrismo instituído. Sobre a família, temos a oprah durante a tarde a falar de parentalidades homossexuais...
(Ah, acho que vou participar na marcha global pela marijuana, concordo em absoluto; e já agora voluntariar-me neste associativismo gay... a ver - faz um mês que por aqui ando)

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Lançamentos de Tarot:

"V" para Trabalho
1º Imperador (passado), 2º Imperatriz (presente), 3º Diabo (futuro), 4º - centro - Lua (resposta), 5º Julgamento (ambiente), 6º Ermita (obstáculo), 7º Casa de Deus (solução)

Cruz para Amor
Esquerda (eu) Mundo, Direita (outro) Ermita, Cima (ideia) Temperança, Baixo (quebra) Casa de Deus, Centro (escolha) Amoroso.

* "A verdade não deve revelar-se" segundo os místicos; enigma; também o remédio, uma operação misteriosa dos alquimistas.

02.04.08 - 11.16h: Somos Bichos Estranhos (mas tão Simples)

E eis que somos arrastados do marasmo pelo amigo libelinha (tcharan! avatares irrompem!) que insistiu e, como não reconhecia o número, não atendi; ele insistiu, buscou o meu prédio, não se lembrava da porta mas gritou por mim (às 23h numa rua de função redidencial em forma de ferradura) e seguimos no meu carro. Bairro por instinto! E voltei a fazer um percurso por bares não frequentados desde a loucura estudantil (mais de uma década de intervalo) - cerveja nos snookers do paulo, catacumbas cá fora, pontapés na cona com tequilla no arroz doce, jola e shot de vodka, pimenta e chocolate no mexe, e primas: falamos da natureza da bissexualidade (tenho uma amiga que tem um discurso já preparado neste sentido), o meu helicópterozinho quer conhecer as saunas, sublimamos as pulsões nos matraquilhos e com a revelação da sandra, vamos comer um chouriço assado ao clandestino (um sentimento de revival sobe por mim como a escrita por aquelas paredes).


Estrella Morente - Volver (tal como um filme...)

Há uma hora atrás, para buscar credencial para fernando fonseca:
"A minha médica só vem segunda. Faleceu-lhe o pai. Isto é karma ou quê?"
"Até lá curte... Vai à praia! Beijo."

01.04.08 - 18.06 / 18.48h: Cravos e Ferraduras

Wandering around until now...


Através de um blog israelita, fui lendo sobre a segurança da vida dos homossexuais do lado de lá da mancha e nos parques de amesterdão. A estes é lhes dada a liberdade de continuarem os comuns encontros, segundo regulamentação aprovada para o Park's Rose Garden, sem recriminações (desde que não conflituem com a ordem pública) ao ar livre, como tanta gente gosta - os direitos de exibicionistas e voyeurs admitidos. Só à noite e, obviamente, deitando os preservativos usados no lixo mas garantindo uma maior vigilância para evitar a violência nestas cruising areas (em português será o quê? Zona de engate parece-me bem) - um propósito: aumentar a tolerância, pois se todos sabem que acontece...

O The Guardian publica uma sondagem feita na sociedade britânica, onde confirma a crescente homofobia: nota-se no aumento do bullying escolar (esta vai entrando no vocabulário, e tem que se lhe diga...) por discriminação - e daqui até ao topo da vida social, sentida até à vida política, por todas as instituições públicas. Mas sublinhando as diferenças entre interior (Gales) e litoral (sudeste), desde a escola, passando pelos hospitais e outros organismos, todos se gabam do que fizeram pela igualdade, acham-na muito útil para se auto-promoverem (e procedentes governos), mas a sociedade (assim no anonimato podem esconder-se melhor) vai mostrando o que ainda não aceitou e, como sabemos, minorias são as primeiras a não se conseguirem misturar nas massas homogéneas revoltadas (epá, esta das homogéneas é um brilhante paradoxo, não acham?).

01.04.08 - 10.28 / 11.08h: In a Lie

O último dia do mês começa tarde (estas visitas nocturnas pela actualidade dos outros têm de ser encurtadas). Pedido de baby-sitting e encontro com dingling. Ambos sem carro, no largo do carmo, já perto da uma; descer a baixa à busca de chinês (o da paixão da década anterior já está para venda!) e entrar no indiano em frente. Conversamos sobre a sua relação, as outras relações, atracções sem culpa; depois da imperial e do nan, um evel inteirinho com o seu rosto por cenário, chicken qualquer-coisa-pouco-picante, um cigarro e um copo ao sol, a estética japonesa à indiana...

Fotos: estátuas a cavalgar, hand-shake e montra de sementes; são domingos incendiada e harem individual na casa do alentejo (várias prespectivas, salões e espelhos); arte on building, metro até ao campo pequeno, abstrata arquitectura e no hospital a mesma resposta de que "não é aqui a sua área de residência". Sem conflitos e de mente nublada, um café debaixo das palmeiras polidas, e sol na gulbenkian... É bom estar ao teu lado, o amor tranquilo sem necessidade de definição.



Estátuas a posar, flores individuais e aos molhos, subir para buscar veículo e... a falta de expressão de vontade infantil bloqueada pelos amigos preocupados (eles sentem logo!) faz-me agarrar na bé às cavalitas pelo centro de corte inglês (?), comer o gelado de ananás e seguir para o ATL do quim na rua do jasmim. Tratar da dívida, cigarro à janela sob o vale das mercês, jogos esticados ao máximo, subir para o parque até ao pôr-do-sol, apanhar pedrinhas e pauzinhos, descer à praça das flores e o recurso fértil da imaginação das crianças.

Chuchi: muito, a rodar pelo tokio do olivais shopping, até abarrotar e arrotar a saké e wasabi, regresso com passagem pela farmácia de serviço da rua da rosa para calicida e escovinha de dentes. Metade do quadro eléctrico da mansão de santos não funciona e a bé oferece chá no seu quarto (em concorrência ao verde da mãe) com surpresas e adivinhas. Raptam-me para a sala e ela faz o seu show ("Chamem a polícia") enquanto fumamos incenso. A birra fenomenal quando chega a hora do sono, perguntas na cama ao tarot de marselha, a três. Regresso por entre filas de gente nas máquinas de bilhetes, toda a linha azul, novo dia, tudo igual (nada disto existe!).

31.03.08 - 00.38 / 01.21h: Morangos com Sésamo

Houve baile nos bombeiros. Fui carregar o telélé, e ao café da esquina (está tudo fechado!) enquanto esperava a lolilips para o passeio domingueiro. À porta, um senhor não tem lume e uma rapariga pede-me um cigarro (o meu último!) enquanto dois condutores de ambulância bricam com luzes e sirenes. Apanho a boleia e, depois de resgatada a anabissa, seguimos para o meco por engano (era guincho!) fugindo das nuvens para apanhar sol, escutando a cassete do keith haring.



Abrigados do vento, cantámos, coreografámos e assobiámos musicas da nossa infância e adolescência (genéricos de animação incluídos!)- até uivámos as seven nation army's!
Esplanar no mar do peixe e entrecortar pela terra batida até ao estaleiro da nossa senhora do cabo, ambientados pelo anthony e a goldfrapp (versões dancáveis - "pensa lá bem!"). No regresso, voltar pela vasco da gama até ao fim da luz (perdemo-nos mas sem sarilhos grandes). Descarregar jantares com namorados e noites cumpridas: em meia hora, comer fast food e seguir para o espaço do negócio.

O mito do super-homem revisitado: uma caixa cheia de areia e linhas... vértices; brincando com o corpo-imagem-física, através de panóplia de pantominas, o tiago consegue criar o mundo em papel e plástico como num recreio; e do auge do quadro e de si, destruí-lo (-se) e renascer de um casulo. Saí directo para o ricardo a abrir o bar (party de produtora de dj's!), falámos da rapidez com que os bichinhos nos decompõem (solos!) e seguir até ao palácio do rossio - atravessar o novo e iluminado túnel para a casa dos subúrbios. Congratulations à guis pelos 33!

Correntes