1.
Sob a humidade fervida e aconchegante do calor do sol, a terra desponta, desabrocha, desflora. Os bois (re)pastam(-se) no prado... Afluxo de gente para o equador, perco (ou ganho) uma hora em volta por coina por gasolina, mais duas paragens por café, jornal e água e corrida a castro por gasolina novamente.
Ontem a proposta da bissa, o passeio da vicki da lusófona à portugália por caña e galão, o filme dos quatro em jantar by monkas (totalmente), um bom hábito deste ano. A patética de tchaikovsky, colecta de jazz, bohemian like you, dandy wahrols, chill out by john lee hooker,
janelas verdes – as portas abertas da multiculturalidade musical.
E contorno a rotunda do rosário. Atravessam a estrada de neves corvo atrás de pato, gente caminha nas bermas, os carros merendam debaixo da ponte em feriado, pássaros quase suicidas, igrejas isoladas.
Abraço duradouro, almoço sozinho e fazemos bolo enquanto falamos de estabilidade económica. “Vou viver quantos anos mais?” questiona-se a mãe; visita da guis-zottis com pai aniversariante também – café nos gagos con traduzione. A população gatil duplicou nas últimas semanas: a titi teve seis e a pretinha três. Durmo cedo depois do terceiro harry potter em espanhol.
2.
Amanheço também cedo para lavar o carro (já não vejo pelos pára-brisas), café no gonçalves com carmen. Agora sim, a natureza no seu esplendor! Atrás de transporte de camiões, vendo os bichos mortos, ultrapassar carroça de lenho puxada por burro e velhote, cão atravessa devagar na corte zorrinho, moiral correndo atrás de quatro vitelos desgarrados à entrada da aldeia dos fernandes.
Cópias pela rosa na inde, outra sessão com miúdos que pensam a cerveja como bebida dos “grandes” (e eles são!) e que conhecem os malefícios do tabaco – é tão bom pô-los a falar... Patraquim liga com presente e teatro;
sabóia tem a maior taxa de suicídios da europa.
Assistência a parto porque alma está elaborando arqueologia para exposição, gémea no alto à minha espera (lavou, limpou e redecorou tudo,que linda!). A terapia do afecto e confiança feita por festas no pelo e ventre inchado de mamilos salientes em caminha de verga dos chineses, motivando, olhando, acarinhando a gata branca.
Afinal é hoje! Acelerar de volta para a capital para despedida de solteiro: jantar na mariquinhas, karaoke em la calle, dali camões, purex, lux (lolita saying boring!) e m-box (reencontro décio!) – tudo por pistas e charadas em fotografias. Até fechar! Pequeno almoço inconsciente com minerva. Juntos, todos, outra vez!
3.Bebemos e fumamos demais! A pé, a casa da nora, acordar cristi (que vai a pina bauch), passear gira, english breakfast por jô com janet, sofá às dez. A resaquinha ao acordar sem planos, café no conde barão (e pedro e filhas), investida vitamínica com banhos, buscar carro esquecido e voltar para iniciar a segunda parte. Sempre brindes e surpresas!
A8 no auge do pôr do sol com três passageiros, encontro com os dois que faltavam à saída das portagens e seguimos a IP6 até à prainha escondida do lado direito da península do baleal (coincidimos!).
Iluminados por tochas em toalhas espalhadas na areia, jantamos frangos e bebemos minis, cantamos - continuam a chegar maravilhas...! Um céu óptimo! Disfrutamos e arrumamos tudo para bar ao lado, bruno’s beach de profunda electrónica e regresso desejado à irmã da lucas. Até de madrugada em jogos (brigadas e carregadores sagres) e danças à chuva, matrecos e música alucinógena (catita e oferta do noivo), cair na pista...
4.
Despertos na vivenda fresca por acidente despedaçante de chapa (tudo vai correr bem, bibona!), eficiente equipe de limpeza, os abraços e despedidas, as sandes vespertinas e o passeio costeiro pela baía de peniche, caldeirada na rua de trás, gaivotas espiam, a volta pelo forte e café (com dupla partida) sem não antes regressar ao local de sonho e fotografar outro ocaso com minerva.
Avaria na subida íngreme da IC16, sem saldo e quase sem bateria (e é só uma peça que se solta e faz disparar o conta-rotações...), fazem-me descer para pôr o triângulo e caminhar com o colete reflector até casa (ainda bem que ligaste, zé gato; desculpa cunhada! Obrigado mano!).
Já depois da meia-noite, acompanho o desesperado condutor do reboque até ao cacém e daí, o irmão a casa. Energias de rastos, aqui estou “a fazer pela vida” à vossa espera.
*... Tell me that You Love me More (dizem que me Amam Mais…) – afinal vou ver Feist, o casamento é só no fim-de-semana a seguir.