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Camas, espelhos, punhos, letras, sons.
Gritar em silêncio - estou cansado.
São vapores carabínicos, canabínicos, tiros que trespassam os crâneos e param o coração de súbito.
Quero ficar a pensar mas fora daqui
noutro espaço, mais aberto
Os raios escorrem pelos últimos vidros, o brilho apagado deve-se às sombras.
Eles estão a chegar
Enter
É no escuro que as formas se desfazem.
É nas noites que oscorpos se perdem.
A matéria etérea dissolve-se no tempo
Não sobra o mínimo contorno
a mais ínfima linha esmorece e desaparece
na ponta da luz
que vimos
no fim da linha...
no fim da vida.
E explode,
exala,
exagera
A carga está pronta...
A energia vai...
...sem querer parar!
A luz doi, cega.
Escape
Penetra-me a carne e recorta-me os órgãos.
Desintegro-me e sou levado pela corrente
Estou preso nas plumas de um anjo
Não sei onde estou
É demasiado azul
Os olhos negros fecham-se perante tanto esplendor.
Nada se pretende, nada é falso
Sem qualquer horizonte na frente
Só o azul
profundo
límpido
líquido
Input
Movo-me lentamente
A densa massa que me envolve dá-me imagens pouco nítidas do fundo
Afundo-me
Giro sobre mim mesmo
Sem rota
nem rumo
Deixo-me levar
Sou arrastado - já não tenho mais forças.
Deito-me.
Durmo,
doce
doce
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