07.04.98 - 22.55h: Old books IV
Preciso de colocar margens. Estou a fugir-me demasiado e às vezes já não me penso.
Procuro na noite um brilho que me acenda
Encontro estrelas cadentes, decadentes
A própria lua não é de fiar. Incha e desincha como se alguém precisasse de a insuflar. Um sopro forte para conseguir levá-la à loucura total (full-fool)
Trago as estrelas. Apago-as
Levam-me as estrelas. Apagam-me
Contínuo gesto que não deixa marca.
Quero voltar à minha estrela
Voltar a cegar-me com a côr - o brilho
Tremer antes de a tocar - de a beijar
A calma descontrolada
A apatia evasiva
Uma fonte inesgotável de vazio
Não me chego.
Quero-me mais!
Quero transbordar-me, não transtornar-me
transformar-me, não transgredir-me
transportar-me, não transfundir-me
transmitir-me, não trasladar-me
A lascívia lava-me o corpo
A luxúria limpa-me a carne
Perco-me nos leitos quando neles mergulho
Não alcanço a tona porque não a procuro
à toa
Não me interesso
O gozo instantâneo sem juntar água.
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