03.10.98 - 01.25h: From Oslo With Love IX

Chegou. O meu amor, o meu marido, Temos um grande problema, ele está doente, por isso é alcoólico.
O sofrimento espalha-se a todos os que nos rodeiam. Mesmo anónimos.


Sinto que esta pausa de alguns momentos, longe de ti, trouxe uma redobrada preocupação e compreensão.
Sinto-me estúpido a tentar ajudar alguém porque sei que precisa mas se fosse eu desistiria (e daí talvez não!).

Agora é real. E perdem-se as fantasias aos poucos. Mas um sentido de Humano Saber nasce... e é preciso conquistar esperanças. Que planos posso fazer? Só a curto prazo. Abdicarei (de alguns) dos meus. Quero fazer-te feliz. Impedir a tua morte.
Sinto-me impotente. Tal como tu, apetece-me aplicar as várias doses de qualquer letal veneno.
Uma morte inconsciente, indolor.

Temos medo. A dor psíquica está prestes a encarnar nas manchas e feridas que não cicatrizam e que aumentam.
Merda, merda, merda.
Quero continuar a acreditar na justiça. Deixo deus para quem o apanhar. A minha rede é muito pequena. E quero-te ao meu lado. Aquecer-te, abraçar-te, beijar-te. A tua pele, a tua alma.
Estou tão sozinho como tu.

Esta chuva fria...
O sufoco pelo segredo...


Um pouco de compreensão por todos. A facilidade não conseguida vive-se na agressão ao outro.
Desculpa-me! Perdoa-me todas as merdas que te faço. Sãosó as minhas contínuas tentativas para te puxar para esta merda de vida que é a realidade!



Amo-te. E custa-me ver-te sofrer. Porque sei que não vai parar. Vamos sobreviver, juntos!

Não te vou abandonar!
(não sei se estás em casa da cila, por favor, Sim!)

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